sábado, 20 de março de 2010

O QUE ESTÁ ACONTECENDO NAS EDITORIAS DE ESPORTE?



Willians comemora gol do Flamengo. Atleta teria se envolvido em confusão num restaurante de Duque de Caxias-RJ. FOTO: maisfla.com.


Mais um escândalo envolvendo um atleta do Flamengo. Depois de Adriano, Bruno e Vagner Love, agora Willians aparece na editoria de esportes numa matéria que nada tem a ver com o Flamengo. O camisa 8 teria se metido numa confusão num restaurante em Duque de Caxias envolvendo a sua noiva. Será que este tipo de assunto é matéria de futebol?


É e não é. É quando a vida pessoal do atleta passa a afetar a sua vida profissional. Um bom exemplo foi o caso envolvendo John Terry e Wayne Bridge (os dois na foto ao lado, na eliminação da seleção inglesa nas quartas de final da Copa de 2006 diante de Portugal) . Segundo a imprensa inglesa, o zagueiro do Chelsea, que perdeu o posto de capitão da seleção inglesa também por um problema particular, teria se envolvido com a companheira do lateral do Manchester City. Este, sabendo do caso, renunciou o posto de titular da seleção de seu país para não conviver com Terry.


E não é quando se noticia coisas que não interferem diretamente no trabalho dos atletas. E quando estas matérias ocupam a editoria de esportes. Há coisas que podem ter relação com queda de rendimento, como briga com noiva e depressão. Mas compra de moto para mãe de traficante, farras romanas e escolta de bandido?

A discussão não é apontar se isso é certo ou errado. Mas que esse tipo de matéria nada tem a ver com esporte. E outra coisa: conviver em morro, com traficante de droga, é ser bandido? Se for, qual é o delito? A não ser que os jogadores subam as ladeiras para consumir entorpecentes. Aí sim: se comprovado o uso, as conseqüências, como o vício, tem, obrigatoriamente, de ocupar o espaço esportivo, pois interfere diretamente no desempenho. Vide a carreira de Diego Maradona a partir dos anos 90.

O jornalismo passa, e precisa passar, diariamente por inovações, mas existem coisas que não fazem sentido. Na lógica econômica, uma manchete como “ADRIANO SE ENVOLVE EM CONFUSÃO NO MORRO DA CHATUBA” é bastante lucrativa. Afinal, trata-se de um nome de conhecimento mundial. Mas por que não se noticia farras de jornalistas? Ou nenhum jornalista nunca participou de uma zona?

O ponto é este: o que não envolve as quatro linhas, só cabe entrar na editoria de esportes quando faz relação com esporte. Como se, um dia, um bandido de uma facção rival do morro que Vagner Love freqüenta ameaçá-lo de morte. Mas se o assunto passar longe da esfera esportiva, que tome outro rumo. Ou que não se noticie, como várias coisas que a imprensa faz vista grossa.

2 comentários:

Diego Louzada disse...

Seja nas páginas de esporte ou nas policias, esse tipo de assunto vende. E se vende, os jornais colocam lá.
Quanto a influenciar ou não no rendimento, há casos e casos. Os de Love e Willians tendem a não influenciar, um porque o camisa 9 faz isso há tempos e outro porque o camisa 8 apenas teve uma briga de bar.

Já o caso de Adriano é pior porque influencia o seu desempenho, faltando treinos e jogando muito abaixo do que ele pode e todos sabemos que ele pode render.

Ah, e ninguém cobre farras de jornalistas porque eles são muito menos famosos do que os jogadores, então a vida deles não interessa a ninguém.

Já estou te seguindo no Twitter!

Abraço!

Pâm disse...

Acho que jogador de futebol pensa que nada pode acontecer com ele...
ai acaba fazendo besteiras e se envolvendo com coisas que não legais...

vai saber...

bjo e desculpe o sumiço..rs..é a correria kkk

bjo*

Assinar Feed Assinantes

Seguir no Twitter Seguidores

Artigos publicados Artigos

Comentários recebidos Comentários